Cirurgia Robótica

Um Pouquinho de História

Você sabia que no século XVI ser Cirurgião não era nem considerada uma profissão de médicos, mas sim, de barbeiros? Pois é! Apenas no ano de 1540 ocorreu a fusão da Sociedade dos Cirurgiões com a Sociedade dos Barbeiros, criando a chamada Sociedade dos Barbeiros-Cirurgiões. E quem eram eles? Eram senhores com habilidades com navalhas e instrumentos de corte. Funcionava assim: eles faziam pequenos procedimentos, como extrações dentárias, lancetagem de pústulas e suturas. Somente 2 séculos depois, em 1745, por pressão dos médicos – clínicos da época – que se criou a Companhia dos Cirurgiões, separando-os dos barbeiros.

Mas foi somente mesmo em 1800 que houve um decreto real criando a Escola de Cirurgiões da Inglaterra e, essa sim, passou a formar médicos cirurgiões habilitados a realizar procedimentos cirúrgicos.

O Cirurgião Ambrose Paré iniciou o desenvolvimento das cirurgias com estudo sobre anatomia e, principalmente, substituindo o ferro em brasa por fios para, assim, amarrar vasos sanguíneos e fechar a pele. Nessa época, realizar uma cirurgia era considerado o último recurso para o paciente, uma vez que tinha um altíssimo risco de óbito, sem contar as enormes dores pela qual passavam.

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A principal cirurgia realizada eram as amputações e demoravam alguns segundos de procedimento. Eram feitas com o uso de machados, utilizando-se da embriaguez com álcool (whisky) como espécie de anestesia.

Na Europa dos séculos XVI a XVIII não era permitido nem mesmo incisar a pele de pessoas mortas para fazer estudos de anatomia. Médicos estudavam a anatomia do corpo humano clandestinamente, às escondidas.

Com as duas Guerras Mundiais, a capacidade cirúrgica dos médicos desenvolveu-se enormemente, tanto pelo número de soldados feridos, quanto pela necessidade de cirurgias de urgência que poderiam salvar vidas, mesmo ainda sendo consideradas o último recurso de tratamento. Nesse período, iniciou-se o conceito de limpeza e do uso de equipamentos de proteção individual do médico e dos pacientes para a realização dos procedimentos. Também ocorreu a evolução da anestesia que transitou do álcool ingerido passando pelo éter inalado e, culminando, com o desenvolvimento de medicações que sedavam e bloqueavam a dor.

Cirurgias que chamamos de abertas, ou seja, aquelas com incisões na pele e acesso a cavidades, eram realizadas com auxílio de anestesias cada vez mais modernas e anestesistas mais qualificados.

Seguindo a tendência natural de modernização, no início dos anos de 1970, iniciou-se a proposta de procedimento menos invasivos, principalmente exames para a realização de diagnósticos.

Mas foi mais tarde, em 1983, que se realizava a primeira cirurgia minimamente invasiva, ou seja, aquela com a utilização de pequenos orifícios na pele, com auxílio de câmeras e pinças finas. A primeira cirurgia foi uma Colecistectomia (retirada da vesícula), sendo feita em Lyon, na França.

A medicina, como vanguarda do desenvolvimento tecnológico, já vinha se desenvolvendo com velocidades impressionantes. No final do século passado, em cerca de 20 anos, houve o desenvolvimento massivo de todas as cirurgias realizadas.

Foto de Sistema de Cirurgia Robótica

No ano de 1997, foi realizada a primeira cirurgia minimamente invasiva com auxílio dos robôs Zeus e DaVinci, que são precursores dos robôs que utilizamos hoje.

No século XXI, ocorreu o desenvolvimento ainda mais rápido das telecirurgias (cirurgias em que o cirurgião principal não está ao lado do paciente), que tornaram os procedimentos mais seguros e precisos.

No início dos anos 2000, cirurgias minimamente invasivas eram realidade e este conceito era bem difundido. Já eram realizadas cirurgias videolaparoscópicas – com pequenos furos abdominais – que resultou uma diminuição importante do tempo de internação, das complicações e dores pós-operatórias nos pacientes.

A evolução para procedimentos mais tecnológicos era uma questão de tempo, porém, mesmo os tecnólogos mais otimistas não imaginavam que o tempo seria tão curto.

Ocorreu então a criação do “Robô-Cirurgião”, no ano de 2008, com possibilidades praticamente infinitas de melhora dos procedimentos cirúrgicos que já eram realizados com o mínimo de invasão.

Como funciona o Robô Cirurgião?

O robô pode ser comparado a um DRONE, já que não realiza as cirurgias sozinho mas, sim, é controlado a distância por um “piloto” – que no caso é o cirurgião principal. Ou seja, o robô está ali apenas para executar os comandos ordenados por seu controlador. É por isso que o cirurgião deve ter a qualificação adequada para operar o robô mas, principalmente, experiência em cirurgias não-robóticas.

A cirurgia robótica e o “robô-cirurgião” surgiram no ano de 2008, e gradativamente foram se desenvolvendo até se tornarem a evolução tecnológica que são hoje. Mas o que é o robô? Como ele funciona? Ele opera sozinho ou precisa de um médico para funcionar? Essas são algumas questões bem comuns realizadas pelos pacientes, então vamos respondê-las da forma mais simples possível nesse texto.

A primeira coisa que precisamos definir é a equipe que participa de uma cirurgia robótica. É uma equipe grande, com diversos profissionais extremamente qualificados em fazer com que o robô funcione adequadamente proporcionando uma cirurgia de excelência e qualidade superior. Esses profissionais são:

Profissionais Que Participam da Cirurgia Robótica:

  • Cirurgião Principal – Cirurgião especialista em cirurgia robótica, com curso de qualificação no robô e experiência em realizar cirurgias robóticas.
  • Auxiliar 1 – Cirurgião não necessariamente especialista em cirurgia robótica, porém habilitado em cirurgia videolaparoscópica. Muito importante para o bom decorrer da cirurgia, pois estará junto ao paciente, completamente estéril, para introduzir a pinças e equipamentos no paciente durante o procedimento cirúrgico.
  • Auxiliar 2 – Presente na maioria das cirurgias, porém não em todas. Cirurgião que ajuda o Auxiliar 1 a conduzir a cirurgia junto ao paciente, também completamente estéril.
  • Instrumentador(a) – Profissional responsável por auxiliar e entregar todos os equipamentos necessários para a cirurgia. Deve-se manter muito atento e conhecer a ordem do procedimento cirúrgico, com necessidade de qualificação para cirurgia robótica em sua área.
  • Anestesista – Médico responsável pela anestesia do paciente, deve estar muito atento o tempo todo para qualquer interferência ou percalços durante o procedimento cirúrgico.
  • Enfermeiro(a) do Robô – Profissional da enfermagem com qualificação para montagem do robô, preparação e esterilização. É o profissional que posiciona o robô próximo ao paciente, em uma posição perfeita para a realização do procedimento, e é também quem retira o robô após o término do procedimento.
  • Circulante de Sala – Profissional da equipe de enfermagem que recebe o paciente e o leva para a sala cirúrgica para preparação da anestesia e abre todos os materiais necessários para a realização da cirurgia. Extremamente importante para o bom andamento do procedimento sem demora ou percalços.

 

O que é o Robô Cirurgião em si?

Na realidade, o Robô-cirurgião se trata de 3 equipamentos diferentes que se unem para formar uma unidade cirúrgica avançada. Os 3 equipamentos são:

Carro Visão Urologia Cirurgia Robótica

Carro Visão:

A unidade do robô que carrega a tela de visualização do cirurgião auxiliar, a unidade de confecção de pneumoperitônio (enche a cavidade abdominal de gás para facilitar a visão do cirurgião), e os eletrocautérios e câmeras utilizadas no Carro do Paciente.

Carro Paciente Cirurgia Robótica

Carro Paciente:

Trata-se da parte do robô que entra em contato realmente com o paciente. Nesse carro que se colocam as pinças cirúrgicas que serão controladas à distância (mesmo que pequena) pelo cirurgião que está no Carro do Cirurgião. É composto de 3 ou 4 braços robóticos e posicionado próximo ao paciente com seu braços, segurando as pinças que entrarão no corpo do paciente por pequenos cortes na pele e serão controladas por ele.

Carro Cirurgião Cirurgia Robótica

Carro Cirurgião:

É o carro onde o cirurgião fica e controla todos os braços do robô remotamente. Como dissemos acima, podemos comparar o robô a um drone, que não faz a cirurgia sozinho, mas recebe os comandos do cirurgião que visualiza as imagens capturadas pela câmera que está dentro do paciente em uma tela 3D, e controla os braços robóticos com pinças em suas mãos.

Tela 3D Cirurgia Robótica

Tela 3D

Pinças de Controle Cirurgia Robótica

Pinças de Controle

Pedais de Controle Cirurgia Robótica

Pedais de Controle

Da mesma forma que um joystick é utilizado para controlar um drone voando, o console do cirurgião seria o joystick do robô: controlando os braços robóticos, a cauterização, trocando de pinças e até para utilizar o ultrassom durante o procedimento cirúrgico, além de proporcionar uma visualização em 3D de toda a cirurgia, o que permite uma qualidade cirúrgica superior.

A pergunta mais realizada é: mas quais foram as melhorias que aconteceram com a implantação do robô?

Principais Benefícios da Cirurgia Robótica

Principais Benefícios da Cirurgia Robótica

  • Os benefícios de uma cirurgia mais precisa;
  • Nitidez e amplificação dos órgãos captados pelas imagens transmitidas ao console do cirurgião;
  • Capacidade de visualização em 3D;
  • Menor risco de sangramento e de transfusões sanguíneas;
  • Menor tempo de internação cirúrgica;
  • Menos dor no pós-operatório;
  • Recuperação mais rápida;
  • Menos chances de proporcionar comorbidades pós-operatórias e complicações.

Essas diferenças proporcionam qualidades superiores tanto oncológicas quanto funcionais.
Mas para que um cirurgião se torne o controlador do robô não é necessário somente sentar no console. Antes de começar a operar, ele precisa aprender a auxiliar outros cirurgiões em cirurgias robóticas durante algum tempo. Após isso, é necessário que ele realize um treinamento intensivo de várias horas no console do robô, com necessidade de realizar uma avaliação e certificação final, concedidas pela Intuitive, que é a marca que produz os robôs DaVinci.

Após esse período de certificação, ainda precisa realizar cirurgias acompanhado por outros médicos com maior experiência no robô, conhecidos como proctors e, então, após todos esses passos, ele consegue manipular o robô para realizar cirurgias.

Atualmente, no Brasil, vem aumentando o número de robôs, bem como número de cirurgiões capazes de operá-los. Fiz minha certificação robótica no Hospital Américas do Rio de Janeiro e toda minha pós-graduação em cirurgia robótica durou 1 ano, realizada no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, estando habilitado a realizar cirurgias robóticas.

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Dr. Cassius

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O Doutor Cassius Martins formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, em 2008. No ano de 2009 serviu a Marinha do Brasil, trabalhando como Tenente-médico em missões de Assistência Médica a comunidades ribeirinhas do Norte do país, na região amazônica.

Especializado em Cirurgia Geral pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto – USP e em Urologia no Hospital Santa Marcelina de São Paulo, realizou Pós-Graduação em Cirurgia Robótica em Urologia pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.

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