Impotência Sexual

O maior medo dos homens, independente da idade, é a famosa impotência sexual, conhecida também como disfunção erétil. Ela é definida pela Organização Mundial de Saúde como a “incapacidade persistente ou recorrente para alcançar e manter uma ereção suficiente para uma atividade sexual satisfatória”.

Existem classificações para cada condição diferente de disfunção erétil:

  • Primária: apresenta impotência sexual desde as primeiras relações sexuais, e tem relação organogênica, ou seja, alguma alteração na condução do impulso para a ereção ou para a manutenção da ereção (manter o enchimento peniano com sangue). Podem ser divididos em 3 fatores:
    • Vasculogênicos;
    • Neurogênicos;
    • Hormonais.
  • Secundárias: ocorrem em homens que já tiveram ereções previamente ou tem ereções ocasionalmente após ter apresentado episódio de impotência, e podem ser divididos em:
    • Permanente: ocorrem em todas as relações sexuais;
    • Condicional: ocorrem em determinadas condições, por exemplo, stress psicológico, cansaço, ansiedade, entre outros;
    • Situacional: dependente de parceiros sexuais, ambiente em que ocorre a relação sexual.

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Impotência Sexual

De 5 a 20% dos homens possuem disfunção erétil em todas as idades, e claro esses valores aumentam progressivamente com a idade, chegando a 75% dos homens aos 70 anos de idade.

Atualmente, com a ocorrência da pandemia e da infecção por Covid, homens mais jovens vem apresentando queixas de disfunção erétil cada vez mais jovens, ainda não sendo possível determinar se tem causa primária, por afecção da doença mesmo, ou condicional, pela ansiedade e preocupações com a perda de emprego, dívidas, proximidade da doença e morte.

Causas da disfunção erétil

Causas da disfunção erétil

As causas raramente são únicas e, na grande maioria das vezes, são multifatoriais, ou seja, ocorrem diversos componentes que desencadeiam a impotência sexual em simultâneo.

Devemos entender que para ocorrer a ereção peniana, diversos sistemas orgânicos precisam funcionar corretamente, são eles: o sistema psicológico, hormonal, vascular e o neurológico. Qualquer falha em quaisquer um desses sistemas pode ser crucial para a manutenção de uma boa ereção.

Fatores vasculogênicos

Têm relação íntima com a dificuldade de enchimento dos corpos cavernosos com sangue, e a manutenção dos mesmo cheios. A dificuldade de ingurgitamento pode se dar devido ao estreitamento arterial das artérias penianas, muito comuns em pacientes com doença arterial aterosclerótica, ou a calcificação da parede das artérias (a mesma que causa o infarto e o derrame). Os principais fatores de risco para esse tipo de disfunção são: tabagismo, alcoolismo, hipertensão arterial, diabetes mellitus, dislipidemia (colesterol alto), obesidade, sedentarismo, aumento da circunferência abdominal, entre outros.

Fatores neurogênicos

A impotência sexual vasculogênica é considerada um sinal precoce de risco para doença cardiovascular, cerca de 50% dos pacientes com impotência precoce podem apresentar IAM (Infarto Agudo do Miocárdio) e AVC (Acidente Vascular Cerebral) após 5 anos do aparecimento da impotência. Fatores venosos como Doença De Peyronie e traumas penianos também podem provocar a disfunção erétil por componente vascular.

Fatores neurogênicos

Estima-se que até 20% dos casos de disfunção tenham origem neurogênica, ou seja, qualquer doença que acometa o cérebro, a medula espinhal ou os nervos do pênis podem provocar a falência da ereção. dentro dessas doenças podemos dividir em:

  • Cerebral: AVCs, Alzheimer, demência, diabetes mellitus;
  • Medular: Traumas medulares, meningomielocele;
  • Nervos penianos: traumas pélvicos, cirurgias – prostatectomia radical (para câncer de próstata), colectomia (cirurgias intestinais). Cirurgias como vasectomia ou para hiperplasia prostática não se correlacionam com a impotência sexual.

Fatores hormonais

A redução dos níveis de testosterona ou aumento dos hormônios estrogênicos (hormônios femininos) podem provocar a disfunção erétil com, inclusive, a diminuição da libido, entre outros sintomas da andropausa. Algumas doenças podem provocar a queda hormonal e com isso culminar na disfunção erétil, entre elas: diabetes mellitus, obesidade, sedentarismo, aumento da circunferência abdominal, além de traumas testiculares, radioterapia e tumores do testículo. Tanto a deficiência de produção de testosterona quando o aumento da produção de estrógenos (principalmente produzido na gordura) podem alterar os hormônios sexuais.

Outros hormônios podem comprometer a ereção além dos hormônios sexuais, como a prolactina ou a alteração nos níveis de hormônios da tireoide (hiper ou hipotireoidismo).

Fatores psicológicos

Causas psicogênicas como ansiedade, depressão, nervosismo, stress, cansaço, ou problemas de relação íntima com o parceiro(a) podem comprometer a ereção e acaba sendo a causa mais comum em pacientes jovens, sendo responsável por cerca de 29% dos casos de disfunção erétil.

Com a pandemia e o surgimento do Covid, a suspeita de que a disfunção erétil por causas psicogênicas vem aumentando nos jovens, devido aos fatores temerários provocados pelo surgimento de uma pandemia.

Fatores medicamentosos e drogas

Fatores medicamentosos e drogas

Medicações e drogas ilícitas podem ser desencadeantes de impotência sexual, sendo os principais causadores: antidepressivos, antipsicóticos, anticonvulsivantes, alguns anti-hipertensivos, beta bloqueadores, antiandrogênicos (provocam a causa hormonal), tabaco, canabinoides, opiáceos, álcool e drogas sintéticas recreativas.

Independente de doses ou de tempo de uso, a suspensão do uso das drogas pode provocar uma melhora da função erétil dos pacientes.

Disfunção erétil e a idade

Disfunção erétil e a idade

Em pacientes jovens, as causas da impotência sexual têm mais correlação com os fatores psicogênicos, tanto pela inexperiência do jovem, quanto devido à ausência de outros fatores provocadores da disfunção. O Stress, o medo do desempenho sexual, a ansiedade, assim como a coexistência dos fatores, podem provocar impotência sexual no jovem saudável. Outro fator determinante para a impotência sexual é a ocorrência de ejaculação precoce, que pode, além de tudo, aumentar ainda mais as causas psicogênicas.

Nos pacientes acima de 50 anos, a ocorrência de diversos fatores relacionados acima, principalmente a diabetes mellitus, associam-se para provocar a disfunção erétil, além de entrar numa relação com causas psicogênicas após o primeiro episódio ocorrer, tornando-se um círculo vicioso. Portanto, a idade é um fator de risco para o aparecimento da disfunção erétil, devido à íntima relação da idade com as doenças crônicas do envelhecimento.

Sinais e sintomas da impotência sexual

Sinais e sintomas da impotência sexual

Os principais sintomas da impotência sexual são:

  • Incapacidade de obter uma ereção com rigidez suficiente para penetração;
  • Ereção fugaz, ou seja, duração reduzida da ereção para uma relação satisfatória;
  • Diminuição do número de ereções espontâneas (noturnas, matinais, etc.).

Os sintomas podem ocorrer em todas as relações sexuais ou esporadicamente, e podem estar relacionadas, inclusive, com dor peniana (nos casos de doença de Peyronie), dor precordial, angina, cansaço fácil, claudicação (dor nas pernas para caminhar), diminuição da libido, ou seja não necessariamente tem relação com o enchimento peniano, mas sim com outros órgãos que possam estar comprometidos.

Uma forma mais fácil de se identificar uma falha de ereção por causa psicogênica é existirem ereções noturnas e matinais, ou com estimulação manual, ocorrendo a falha somente durante a relação sexual. Esse tipo de sintoma dá indícios de ser um componente psicogênico, pois o componente orgânico está funcionante.

Diagnóstico da disfunção erétil

Diagnóstico da disfunção erétil

Uma vez que os quadros de impotência sexual tornam-se mais frequentes, a avaliação médica deve ser realizada, para isso lança-se mão de diversos exames, tanto gerais para avaliação de doenças crônicas como Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus, até exames específicos como avaliação hormonal, exames de imagem dos testículos e do pênis. Porém, somente exames laboratoriais e de imagem não são suficientes para uma boa avaliação urológica, e a história clínica, com o detalhamento de prováveis causas psicogênicas, devem ser pormenorizadas para chegar a um diagnóstico definitivo.

Um dos maiores empecilhos para o paciente que apresenta um único episódio de disfunção erétil é a carga psicológica que isso causa. Mesmo que seja um problema de causa orgânica, só o fato de ocorrer aumenta a ansiedade e o medo de nova ocorrência, transformando o problema em uma causa mista, tanto orgânica quanto psicogênica. Em cerca de 90% dos casos de impotência sexual, o tratamento é altamente eficaz, porém é multimodal, passando por uso de medicações, psicoterapia e principalmente o tratamento das doenças sistêmicas que podem se tornar muito mais preocupantes do que simplesmente causar a impotência.

Tratamento da disfunção erétil

Tratamento da disfunção erétil

O principal tratamento inicial para a disfunção erétil passa por melhorar a saúde como um todo, com hábitos de vida saudável com exercícios físicos, perda de peso, alimentação balanceada, rica em vitaminas e antioxidantes e pobre em gorduras, evitar o tabagismo e a ingestão de bebidas alcoólicas. Além de manter sob controle doenças como hipertensão arterial e a diabetes mellitus, sem esse tipo de mudança do estilo de vida, o tratamento da disfunção erétil, seja ele qual for, é muito mais dificultado. O tratamento de doenças cardiovasculares deve ser priorizado também, uma vez que o esforço físico da relação sexual pode provocar a agudização dos sintomas, ou seja, infartar durante o ato sexual.

Além do cuidado com a saúde como um todo, o tratamento exclusivo para a disfunção erétil incluem:

  • Psicoterapia e tratamento psicológico com aconselhamento sexual, para pacientes com o componente psicogênico muito determinante.
  • Medicamentos orais – muito difundidos e conhecidos desde o lançamento do viagra:
    • Inibidores da fosfodiesterase tipo 5: Sildenafila (Viagra), Tadalafila (Cialis), Vardelnafila, Iodenafila (Helleva), entre outros. Essas medicações têm um efeito vasodilatador sanguíneo e são contraindicadas em pacientes com o uso de nitratos para o tratamento de doenças cardíacas.
  • Medicamentos hormonais sistêmicos – terapias de reposições hormonais:
    • Reposição hormonal com testosterona que pode ser tanto injetável intramuscular quanto gel transdérmica para normalizar os níveis do hormônio em pacientes em que a disfunção tem causa hormonal.
  • Dispositivos externos de vácuo e constrição – conhecidos como anel de constrição, são utilizados como fisioterapia peniana conseguindo recuperar grande parte da função erétil, porém em alguns casos podem ser utilizados para conseguir o ato sexual.
  • Medicamentos intra-uretrais – prostaglandinas introduzidas na uretra com absorção e efeito local.
  • Medicamentos de injeção peniana – prostaglandinas de efeito local:
    • Injeções intra-cavernosas (no corpo do pênis) recomendadas em pacientes que as medicações realizadas em tentativas anteriores não foram eficazes. Necessário orientação e ensinamento de como fazer o procedimento que deve ser realizado antes das relações sexuais.
  • Cirurgia definitiva de implante de prótese peniana – podem ser divididas em próteses semi rígidas ou próteses infláveis. Como demonstrado abaixo, a esquerda prótese semi rígida e a direita a prótese inflável. As próteses têm suas indicações específicas para cada tipo de paciente e para cada tipo de disfunção.
Tratamento da disfunção erétil

Recursos como ervas, chás, ou outros produtos naturais oferecidos por propagandas não tem nenhuma evidência científica que funcionam, podendo ser dinheiro jogado fora nos casos que não for prejudicial, podendo provocar outras doenças. O melhor remédio caseiro para melhora da função erétil é a mudança de hábito de vida, com exercícios físicos, boa alimentação e lazer adequado.

O ato de automedicar-se ou usar as mesmas medicações que o amigo que também tinha o problema tem seus riscos, com a possibilidade de agravar o problema e até mesmo colocar sua vida em risco. Qualquer tipo de medicação deve ser ingerida após consulta com seu médico e sob orientação dele.

Não tenha vergonha de procurar seu médico logo no início dos sintomas, é muito importante a detecção de todos os fatores que possam colaborar para a piora da função erétil e realizar o tratamento adequado.

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Dr. Cassius

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O Doutor Cassius Martins formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, em 2008. No ano de 2009 serviu a Marinha do Brasil, trabalhando como Tenente-médico em missões de Assistência Médica a comunidades ribeirinhas do Norte do país, na região amazônica.

Especializado em Cirurgia Geral pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto – USP e em Urologia no Hospital Santa Marcelina de São Paulo, realizou Pós-Graduação em Cirurgia Robótica em Urologia pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.

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