Câncer na Bexiga

Apesar de pouco conhecido, o câncer de bexiga é o tipo de câncer em décimo lugar em incidência no mundo. É um câncer que inicia nas camadas mais superficiais do interior da bexiga, porém, pode acometer todos os órgãos do sistema urinário que possuem o mesmo tecido, ou seja, pode acometer os rins, os ureteres, a bexiga (responsável por 90% dos casos oncológicos) e a uretra. Mesmo sendo um tumor superficial, caso não seja tratado, pode acometer as camadas mais profundas e aumentar os riscos e a complexidade dos tratamentos. O Câncer de bexiga mais comum é o Urotelial, que responde por cerca de 90% dos tumores vesicais

Fatores de risco

Alguns fatores aumentam o risco de se ter câncer de bexiga, sendo que alguns podem ser evitados, outros infelizmente não. Os fatores de risco são:

  • Sexo: o câncer de bexiga é o 7º câncer mais comum no homem e o 11º mais comum na mulher;
  • Tabagismo: é o principal fator de risco para câncer de bexiga, e está associado em mais de 50% dos casos;
  • Abuso de medicações: principalmente analgésicos como a fenacetina, ou uso prolongado de ciclofosfamida (quimioterápico e agente de tratamento de doenças autoimunes);
  • Exposição a compostos químicos, principalmente de indústrias têxteis, de borracha e equipamentos elétricos (relacionados em cerca de 20% dos casos).

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Fatores de risco

Todas as causas do câncer de bexiga não são devidamente conhecidas, porém, existem infecções vesicais (mais comuns no Egito) que podem provocar a doença. Mas como os principais causadores são o cigarro e as tintas, afastar-se desses produtos pode evitar a neoplasia.

O câncer de bexiga também é conhecido como um dos tumores mais recidivantes que existe, ou seja, mesmo realizando procedimentos curativos para o tratamento, uma terapia multimodal é necessária, assim como a constante vigilância urológica, para que detecte-se novas lesões de recidiva do tumor. Além disso, existe uma possibilidade relativamente constante de apresentar novas lesões em locais como pelve renal e ureter, portanto, com necessidade de exames de investigação/estadiamento constantes.

Sinais e sintomas

Sinais e sintomas

Os principais sintomas de câncer de bexiga se assemelham muito à infecção urinária, porém com um alerta muito importante que nunca pode ser menosprezado: a presença de sangue na urina! Conhecida como HEMATÚRIA, caso você apresente sangramento miccional, com ou sem coágulos, com ou sem dor, procure seu urologista. Principalmente caso seja tabagista, existe uma grande probabilidade de se tratar de um câncer de bexiga. Porém, existem outros sintomas que podem remeter ao câncer de bexiga:

  • Irritação ao urinar: com ardor, dor, ou desconforto miccional;
  • Polaciúria: necessidade de urinar com mais frequência e com menor volume de urina;
  • Nictúria: necessidade de acordar para urinar mais de 1x durante o sono;
  • Dor na região inferior do abdome: mais comum nos cânceres mais avançados.

Se você apresenta um ou mais sintomas como esses não significa que possui câncer de bexiga mas, sim, que precisa procurar um médico urologista para avaliar as possibilidades de diagnósticos e já iniciar um tratamento adequado para quaisquer que sejam as doenças presentes. Para isso, será necessário a realização de exames para investigar a possibilidade de se existir um câncer de bexiga, que seria a doença mais grave em pessoas que apresentem os sintomas acima.

Como diagnosticar o câncer de bexiga?

Como diagnosticar o câncer de bexiga?

Caso não aconteça de se identificar uma massa ou lesão vesical em exames de rotina num paciente assintomático, assim que se apresente sintomas relacionados acima, principalmente com a ocorrência de hematúria, os exames a serem solicitados para a avaliação de um possível câncer de bexiga são:

  • Exames de urina: Urina Rotina e Urocultura são excelentes exames iniciais para avaliar sangramentos e infecções;
  • Ultrassonografia de abdome ou de vias urinárias: excelente para avaliar presença de lesões na bexiga ou nos rins, que também podem ser acometidos de câncer de “bexiga” dentro de sua pelve, onde é despejada a urina produzida. O exame de USG é simples e rápido, e pode definir outras possíveis causas que possam estar provocando os sintomas, como cálculos urinários entre outras doenças;
  • Tomografia Computadorizada: do Abdome e da Pelve, é o exame de escolha para avaliar a presença de câncer de bexiga em toda a via urinária, bem como para avaliar possibilidade de acometimento dos linfonodos (ínguas) ao redor dos órgãos e probabilidade de metástases à distância. Este é um exame que pode aumentar a suspeita diagnóstica de câncer de bexiga, porém não o confirma;
Como diagnosticar o câncer de bexiga?
  • Ressonância magnética: em casos de suspeita de invasão além da bexiga ou do órgão acometido, também é um exame excelente para o diagnóstico tumoral. Também tem grande poder de identificar uma suspeita de câncer, porém, da mesma forma que a tomografia, não fecha o diagnóstico;
  • Cistoscopia: é o exame que pode fechar o diagnóstico de câncer de bexiga, pois consegue realizar uma biópsia de uma possível lesão encontrada. Consiste em entrar com um aparelho pelo canal da urina (uretra) e “olhar” por dentro da bexiga, pois existe uma câmera na ponta do aparelho que nos permite enxergar as diferenças entre regiões saudáveis e não saudáveis da bexiga. Nas regiões suspeitas é realizada a biópsia, somente dessa forma que se é realizado o diagnóstico de câncer de bexiga.
Tratamento

Tratamento

Uma vez que o diagnóstico de câncer de bexiga seja feito, precisamos estabelecer qual seria o melhor tratamento a depender do estadiamento da doença, que seria a avaliação da extensão tumoral local e a possibilidade de ter ocorrido alguma metástase, tanto linfonodal quanto para outros órgãos. Lança-se mão da realização de tomografias computadorizadas de tórax, ou ressonâncias magnéticas de abdome e pelve, para determinação do estadiamento tumoral. A realização desses exames também é essencial para reconhecimento de novas lesões em outros órgãos do trato urinário.

A depender do grau de estadiamento tumoral e das características clínicas do paciente, pode se proceder com diferentes tipos de tratamento para o câncer de bexiga:

  • Cirurgias endoscópicas: menos invasivas e com recuperação rápida, a cirurgia de ressecção transuretral da bexiga (RTU) é um procedimento terapêutico e diagnóstico, possibilitando avaliar o tipo e profundidade tumoral, além de definir os limites da ressecção do tumor. Entra-se com um aparelho pela uretra do paciente e com uma alça resseca-se o tumor. Na grande maioria das vezes o procedimento deve ser novamente realizado após um certo período (3 a 6 semanas) para reavaliar a ressecção;
  • Cirurgias radicais: nos casos de câncer de bexiga mais avançados e mais graves, pode-se haver a necessidade da realização de uma cirurgia de grande porte, a cistectomia radical, que consiste na retirada de toda a bexiga urinária e dos linfonodos (ínguas) ao redor dela. Uma das maiores cirurgias da urologia, sendo mais complexa inclusive do que o transplante renal, a cistectomia é uma cirurgia de potencial curativo enorme, e a reconstrução urinária do paciente pode se dar por confecção de um conduto abdominal semelhante à colostomia (com uma bolsinha que armazena as fezes), porém com eliminação somente de urina, e até chegar a construir uma nova bexiga urinária, em casos favoráveis a esse procedimento.
    A cistectomia pode ser realizada de 3 formas: cirurgia aberta, por videolaparoscopia ou com auxílio do robô. Por ser de grande porte, o paciente por vezes pode ficar inicialmente em leito de UTI e, geralmente, após cerca de uma semana recebe alta do hospital para a casa;
  • Imunoterapia: nos casos de tumores superficiais que realizam RTU de bexiga, a terapia intravesical é um excelente recurso para evitar recidivas tumorais e manutenção da cura do câncer de bexiga. Em alguns casos, podem ser usadas drogas quimioterápicas;
  • Quimioterapia: no decorrer do câncer de bexiga, pode-se usar essa terapia em casos mais simples após a RTU de bexiga com quimioterapia intravesical e até em casos mais graves, que necessitam da cirurgia de cistectomia, com quimioterapia via oral ou endovenosa, antes mesmo de realização da cirurgia, para redução tanto do tamanho quanto da invasão tumoral, obtendo-se maior probabilidade de cura. A realização desse procedimento como único tratamento para câncer de bexiga não é potencialmente curativo e fica reservado somente a pacientes com alto risco operatório e que não conseguiriam se submeter ao procedimento cirúrgico;
  • Radioterapia: no câncer de bexiga, a radioterapia tem apenas um papel paliativo, sem possibilidade de cura, porém, com sua utilização nos casos de metástases e avanço da doença local, para a contenção da dor e de sangramentos.

Em resumo, o câncer de bexiga é uma doença de grande potencial de gravidade, intensamente relacionada com o tabagismo e com sintomas comuns que podem remeter a outras doenças que não são malignas. A informação que possibilite o diagnóstico precoce é muito bem-vinda, e o tratamento cirúrgico é uma opção viável de cura.

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Dr. Cassius

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O Doutor Cassius Martins formou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, em 2008. No ano de 2009 serviu a Marinha do Brasil, trabalhando como Tenente-médico em missões de Assistência Médica a comunidades ribeirinhas do Norte do país, na região amazônica.

Especializado em Cirurgia Geral pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto – USP e em Urologia no Hospital Santa Marcelina de São Paulo, realizou Pós-Graduação em Cirurgia Robótica em Urologia pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.

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